Nessa segunda feira, 05 de maio, acompanhei mais uma vez minha mãe até Porto Velho – RO para nova consulta no Hospital do Câncer de Barretos Fundação Pio XI, e, como esperado, nos deparamos com os muitos pacientes aguardando atendimento sentados no chão ou em muretas, escorados nas paredes, andando de um lado para outro porque não existe poltronas nem bancos para a demanda que o hospital recebe.
Em mais de um ano que me dirijo a este local fico me questionando se a organização ainda não se deu conta do desconforto causado por essa situação. Como se ja não bastasse o stress de ser portador de câncer ainda tem que esperar ser atendido em pé e passando frio (apesar da recepção estar lotada ainda é ‘congelante’ ficar la dentro devido ao ar-condicionado).
Esse desconforto, que você pode pensar que não é da minha conta, ainda não é tudo comparado a frustração que minha família ainda passa com as diversas idas e vindas e, de certa forma, perdendo tempo e voltando pra casa cada vez mais desacreditado.
Como faz um ano que minha mãe buscou tratamento neste hospital e (incrível) não resolveu o problema inicial, que era uma simples cirurgia de câncer de pele, e voltamos pra casa com outro problema: cirurgia mal sucedida, infecção, inflamação, os pontos abriram, não houve boa cicatrização, dor, perda de força e debilitação de movimentos, e, apesar de tantas idas e voltas até la por durante 1 ano e 7 meses ainda não foi tratado esse segundo problema. Dessa forma foi diagnosticada com uma síndrome dolorosa extremamente rara (primeiro caso do hospital) e, pelo jeito, não vão dar conta, e ninguém nem ouviu falar sobre isso. É, de forma alguma estou dizendo que o hospital tenha péssimos profissionais, só que ainda não tivemos a sorte de encontrar os bons que diagnosticasse com certeza a doença da minha mãe.
Espero que esse fato mude para que não seja desgastante para os outros pacientes e para que nós tenhamos mais sorte nas próximas viagens cansativas, entediantes e perigosas até Porto Velho, porque de desrespeito com a saúde ja basta o sistema falho do governo.

VERGONHA ESSE PAÍS!